sábado, 1 de setembro de 2012

aviação agrícola - o inicio de uma grande paixão


Uma paixão chamada aviação agrícola.

Certo domingo, 06:30h. TIKINHO estava dormindo, quando um grupo de amigos bateu na porta de sua casa convidando-o para uma caminhada. 

Se preparou e foi com eles. ( sem avisar a família ) Iriam caminhar em uma estrada de chão, próximo a cidade dele.

E Lá se foram. Cantando e sorrindo celebrando a vida. 

Depois de algumas horas de caminhada, TIKINHO decidiu parar um pouco e “bater um rango”. 

Seus amigos continuaram, mas ele estava exausto. Sentou no tronco de uma arvore serrada, no meio da cana. E ali ficou saboreando seu sanduíche de presunto.

Não demorou muito tempo. E ouviu um barulho, que aumentava a cada segundo...

--- Desesperado, olhei para os lados, não encontrei nada. Olhei para frente. Também, nada. Quando de repente, olhei para cima. E nesse momento, começou a chover em cima de mim, e com um cheiro nada agradável e muito menos parecido com shampoo, era sim um banho de inseticida que eu tomei naquele momento,completa TIKINHO.

Saiu correndo no carreador da lavoura e viu um avião fazendo o famoso balão, voltando em sua direção novamente... 

Neste instante..como todo manicaca, tirou a camisa, começou a acenar para o piloto, tal qual lhe retribuiu com um “tchauzinho” com o balanço das asas, e o farol de pouso aceso. 

A essa altura, o coração de TIKINHO saia pela boca. Uma mescla de medo ( do avião poder cair em cima dele ) e alegria ( de ouvir a musica transmitida pelo grupo moto-propulsor de um Ipanema ). 

Foi amor a primeira vista. Perdeu o contato com seus amigos, mas ficou ali. Enquanto o avião não ia embora, ele não iria também.

Do lado onde TIKINHO estava,começou a chover. ( antes de começar a chover, o piloto realizou mais "5 tiros" e foi para a area ao lado. Lado este que estava um cêu de brigadeiro. 

O avião seguia para a esquerda, ele corria feito um louco atrás dele. O mesmo ia para direita, repetia a correria, Ia abastecer.. marcava a reta mais ou menos que ele pegava, e ia atrás dele. Quando ele voltava para a área. Ele voltava também.

Em mais ou menos sete horas desse vai e vem, perdi o tênis, a meia, a camiseta, o celular, a carteira e os meus óculos... ( só! ), sem falar do banho, com mescla de inseticida, chuva e barro por todo o corpo. Diverte TIKINHO.

Na inocência de um “MANICACA”, enquanto o avião não estivesse fora do seu campo de visão, ele não levantava. 

Na boca da tarde.TIKINHO já exausto de tanto correr, e escorregar. Foi presenteado com um mais um balanço das asas, com o piloto fazendo o sinal de jóia, seguido de um rasante sobre tikinho.

Foi para casa. E chegando na entrada da cidade. Seus amigos esperando, policia, ambulância, família, perguntando tudo e um pouco mais. TIKINHO apenas dizia:

--- Parem, parem. Eu estava vendo o avião tacar o veneno na cana. Só isso. Nossaaaa... que que aconteceu esse desespero de vocês!

E foi assim, que nasceu o amor pela aviação agrícola, pelo vôo a baixa altura aliada com a segurança operacional.  

Tikinho carrega dentro de si, o privilégio de ser o atual vizinho, do homem que "fez todo o show para ele". Elias Gutierrez Junior, que foi proprietário da ASA - Ariranha Serviços Aero Agrícola, ex dono do PT GXG, um avião agrícola EMB201A. Sendo esse "ipaneminha", o primeiro avião a ver na vida. Brinca TIKINHO, que foi naquele momento, o nascimento de um amor infinito pela aviação agrícola.  

Hoje, 13 de outubro de 2013. Tikinho trabalha com a família, no comando do SERV FESTAS ARIRANHA. Uma empresa que serve festas de um modo geral, aluguel de mesas, cadeiras, vendas de bebidas, tais como chopps, cervejas, refrigerantes, contando agora com petiscaria, e chopperia. Tudo para o seu conforto e lazer.  

Aliado com o serviço, atua com vendas de aviões, helicópteros em geral, ficando a disposição de todos os interessados em adquirir uma aeronave.

Um abraço, e muita....

Segurança de voo a todos. 

Tiago Ricci
airshows@bol.com.br
0xx17 9 9722-2831.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma paixão chamada aviação agrícola

Resumo da obra







Esta é uma narrativa de alguns acontecimentos do dia- a- dia de um piloto agrícola desde o inicio de sua carreira, sendo focada a rotina de alguns vôos de translado entre um trabalho e outro, nas longas viagens, passa as horas observando a natureza, e descobre coisas impressionantes, pousa em lugares aparentemente desertos, mas cheios de surpresas.


A emoção do primeiro vôo, inicialmente o longo período de vôo com o instrutor e algumas frustrações, depois a recompensa, a descrição com detalhes do inesquecível momento do vôo solo, são minutos mágicos, sublime, que nenhum piloto jamais esquece, livre como um passarinho, o sonho realizado, ver tudo do alto, ir para onde quiser tendo apenas o céu como limite, voar pela primeira vez, fazendo tudo sozinho dentro de um avião.


Após fase quase romântica do aprendizado, vem o trabalho, a responsabilidade, voar como um piloto profissional, navegar sozinho pela primeira vez em direção ao desconhecido, colocando em prática tudo que aprendeu e o que ensinou também, ir além dos seus próprios limites, quase desistir em algumas ocasiões, mas insistir quando achava que quase tudo estava perdido e conseguir passar pela da situação difícil, vencer seus medos, controlar suas emoções para prosseguir, passar pelos desafios que surgem a todo instante, aprender conviver com a solidão, saber que pode contar apenas consigo mesmo.


Aprende dominar a máquina, conhece todos os detalhes que apenas voando é possível perceber, descobre todas as suas tendências, suas manhas, aprende com o barulho do motor se está tudo bem, sente que aos poucos que o avião vai tornando-se extensão de seu corpo, não sendo necessário pensar muito para voar ou fazer qualquer manobra.


Para fazer um dos trabalhos, faz uma grande travessia sobre a floresta Amazônica da qual se arrepende amargamente, são horas sobre mata serrada sem muita referencia, contando apenas com a bússola para manter o curso de vôo, na volta para casa tinha outra opção melhor, mais segura, mas por um motivo muito forte volta pelo mesmo caminho e passa por tudo de novo.


Conhece pessoas de lugares com costumes e hábitos diferentes, sofre com seus dramas participa de suas vidas por algum tempo, depois as deixa para traz com despedidas sofridas por já ter tornado-se quase um membro da família e cúmplice em suas historias de vida, sabendo que dificilmente tornariam encontrar-se novamente.


As aventuras vivida durante seus vôos nas fazendas agrícolas, as peculiaridades das caçadas que nunca deram resultados, a caça sempre ganhou, a pescaria em uma lagoa infestadas de piranhas, a visão de suas milhares de bocas famintas fora d’água.


Os segredo extração de mel de abelha, que mais parece um safári em mata fechada a noite, a lição de vida tirada no respeito que pessoas simples tachadas sem cultura, que vivem isoladas no mato, tem com a natureza e com os animais, a riqueza do seu modo de viver e a alegria que contagia quem convive com eles, mesmo que seja por pouco tempo.


Os apertos pelos quais passa, após ficar horas perdido sobre a mata fechada em um desses vôos por causa do clima, uma chuva inesperada, aparece um nevoeiro de superfície e tudo muda,as referencias se foram, a estrada que cortava a mata sumiu ficando apenas um tapete branco e extenso e o dia já havia passado do meio à algum tempo.


Ventos e chuvas fortes no meio do caminho, pistas inundadas, tudo isto visto do alto nas mais variadas regiões, os acontecimentos que durante sua jornada transformam-se em verdadeiras aventuras algumas até perigosas, as curiosidades que vão surgindo pelo caminho e os detalhes existente na natureza que apenas quem passa muito tempo voando baixo, tem os olhos para perceber.


Extraido do ilmo Sr. "Chico" Pereira do www.matabixo1234.blogspot.com